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Review por: Pablo Vieira
26/01/2025

Lucky Luke - O Caçador de Prêmios

Revista lançada pela editora Martins Fontes no Brasil em 1984

Capa da edição da Martins Fontes

Uma vez mais, continuaremos com a missão de fazer reviews sobre um personagem fantástico que voltou a ser publicado no nosso país pela Editora Zarabatana num excelente trabalho editoral que, infelizmente, só não é melhor porque não é publicado de forma assídua e regular. Mas, sabemos da dificuldade de se lançar títulos, especialmente, do mercado franco-belga e iremos considerar o lado bom: pelo menos, está sendo publicado no Brasil.

 

Nessa aventura, somos apresentados a diversos estereótipos que recheiam o imaginário coletivo quando pensamos no velho oeste norte-americano. O principal dessa história, justamente, dá título ao volume: O Caçador de Prêmios.

 

Figurinha carimbada dos antigos filmes de faroeste, o caçador de prêmios (mais popularmente conhecido como caçador de recompensa) possui nenhum caráter, ética e, transita, entre a legalidade e a ilegalidade para fazer seu trabalho e receber a recompensa ao capturar o procurado.

 

Como de costume, este característico personagem é apresentado com um competente humor próprio de Goscinny e Morris. Nessa história, após Lucky Luke prender um bandido e se recusar a receber a recompensa, ele é vigiado de longe pelo inescrupuloso caçador de recompensa Elliot Belt. Irritado com a postura de Luke, Belt planeja dar cabo do nosso protagonista, o cowboy mais rápido do que a própria sombra. Afinal, essa postura nobre de Luke ameaça todos “profissionais” que sobrevivem da captura de procurados pela justiça.

 

O começo da história é hilário ao mostrar que, desde pequeno, Belt nasceu para ser alguém que buscava sempre uma recompensa nem que, para isso, fosse um dedo-duro, um cacoeta. Tudo valia a pena em troca de dinheiro.

A infância de Elliot Belt

A história toma outros contornos quando um rico fazendeiro criador de cavalos de raça é roubado. Seu garanhão preferido, Lord Washmouth III (sim, esse é o nome do cavalo!), some sem deixar pistas. Tea Spoon, empregado Cheyenne do fazendeiro é acusado, pelo próprio patrão, de ser o responsável pelo desaparecimento de seu mais valioso cavalo. Furioso, o fazendeiro estabelece como recompensa 100 mil dólares para quem capturasse o índio e trouxesse de volta o puro-sangue.

O desaparecimento do cavalo Lord Washmouth III

A confusão se instala, Elliot Belt propõe uma parceria com Lucky Luke para conseguir a recompensa. Diante da negativa do cowboy mais rápido do oeste, Belt tenta reunir todos os caçadores de recompensa do pedaço para capturar Tea Spoon.

O plano de Elliot Belt

Tudo isso é contado de forma hilária: além do quiprocó, o roteiro é recheado pelo conflito entre os indígenas e a população da cidade, pelas atrapalhadas de uma dupla Cheyenne que é viciada em bebida (“a água ardente”), pelo temperamento intempestivo do rico fazendeiro e pelas tiradas ácidas e super-divertidas do cavalo Jolly Jumper, parceiro inseparável de Luke.

Conflito Cidade x Cheyennes

História de Lucky Luke escrita por Goscinny e desenhada por Morris é sinônimo de diversão garantida. Agrada a gregos e troianos, a crianças e adultos, a bem-humorados e ranzinzas.

 

Leitura imprescindível capaz de tornar nosso dia mais feliz. Estamos ansiosos pela republicação desse álbum no nosso mercado de quadrinhos!

 

P.S. Como homenagem aos antigos filmes de faroeste, Morris se baseou no ator Lee Van Cleef, famoso por interpretar marcantes vilões em clássicos imortais do bang-bang, para criar o caçador de recompensas Elliot Belt.

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