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Review por: Pablo Vieira
14/01/2025

Lucky Luke - Canyon Apache

Publicada no Brasil em Lucky Luke #07 pela editora Martins Fontes em 1984

Depois de muito tempo, resolvi ler uma história do sortudo “Lucky” Luke, o cowboy que atira mais rápido do que a própria sombra. Essa demora, em grande parte, se deu pelos vários hiatos que ocorreram na publicação de Luke no Brasil. A gente, infelizmente, termina esquecendo de ler esta revista sensacional que, ao mesmo tempo, traz o texto leve e divertido de Goscinny com o traço sensacional do criador e desenhista Morris.

 

A história aqui comentada se intitula “Grand Canyon”, publicada originalmente em 1971 pela editora Dargaud na França (no número 37). No Brasil, a revista saiu 13 anos depois (em 1984) pela editora Martins Fontes.

 

Nessa aventura, Lucky Luke é contratado para ajudar na escolta dos alimentos de um regimento do exército. Além dessa missão, ele tenta descobrir porque somente naquela região o conflito entre os Apaches (comandados pelo chefe Patronimo) e o exército não cessa.

O roteiro tem várias reviravoltas, Lucky Luke passa de contratado do exército para renegado e guerreiro apache. Tudo isso tentando resolver o conflito entre o chefe apache Patronimo e o chefe do regimento, coronel O’Nollan. Entre as confusões, vários coadjuvantes se destacam: os atrapalhados soldados orgulhosos de sua descendência irlandesa, as tiradas irônicas do cavalo Jolly Jumper (inseparável companheiro de Lucky Luke), o teimoso “papoose” Coyotito que adora mel.

 

Um dos pontos fortes das histórias de Lucky Luke é o perfeito equilíbrio entre não ser tão infantil e nem tão adulto. Explico-me melhor: suas histórias conseguem agradar tanto crianças como jovens e adultos. Foi esse sentimento que tive. Me diverti bastante mesmo sendo um experiente leitor de quadrinho, a leitura não se arrasta, o traço é fantástico e característico de várias BD (Bandes Dessinées - Quadrinhos Franco-Belgas) (diferente dos desenhos dos comics e dos mangás que lotam as prateleiras de comic shops e são preferência dos leitores e das editoras brasileiras, talvez, em grande parte, pelo desconhecimento dos títulos publicados no Velho Continente).

É importante destacar o ótimo trabalho de resgate histórico de Lucky Luke feito pela editora Zarabatana no Brasil, publicando várias histórias iniciais do personagem que saíram em sua primeira editora (Dupuis). Após 31 edições, o personagem criado por Morris mudou de editora e começou a ser publicado pela Dargaud - fase essa que teve várias edições publicadas no Brasil pela

 

Martins Fontes nos anos 1980. Apesar disso, as histórias, por enquanto, estão saindo em doses homeopáticas. Torna-se necessário a republicação dos álbuns lançados na fase Dargaud no Brasil para os leitores descobrirem ou revisitarem as criativas e hilárias histórias do cowboy mais sortudo do oeste norte-americano.

Por enquanto, terminamos com o trecho da velha canção entoada por Luke: “... I’m a poor, lonesome cowboy and a long way from home..” 

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